News
A dama dourada

A Dama Dourada (1)

A Segunda Guerra Mundial é fonte de inspiração quase infinita para os roteiristas de cinema. Os dramas vivenciados pelos mais diversos tipos de pessoas e pelos mais diferentes motivos,  já renderam filmes que entraram para a história da sétima arte. Produções como O Império do Sol, que a narra o crescimento forçado de um garoto em meio à dor e ao desespero, A Vida é Bela, que conta as desventuras de um pai que faz da guerra uma espécie de peça de teatro para seu filho e O Pianista, que retrata o sofrimento de um músico em um cenário de destruição total, emocionaram plateias em todo o mundo e proporcionaram uma reflexão sobre o poder de uma única pessoa frente a uma estrutura absurda e impiedosa.

Esse duelo entre o ser humano e a opressão ocasionada pela guerra é, de certa forma, o tema central do filme A Dama Dourada, que está em cartaz nos cinemas brasileiros. Baseado em uma incrível história real, a produção conta a batalha que a austríaca Maria Altmann travou com o governo de seu país para provar que um dos mais famosos quadros do pintor Gustav Klimt, roubado pelos nazistas e incorporado ao acervo histórico da nação, pertence, de fato, à sua família. Quem vai ajudá-la nessa verdadeira luta entre Davi e Golias é o jovem advogado Randol Schoenberg, cuja motivação é inversamente proporcional à sua experiência jurídica.

A protagonista é interpretada com habitual competência por Helen Mirren, que navega com tranquilidade entre o drama e a comédia no papel de alguém que, em essência, só quer que a justiça seja feita. A surpresa do elenco fica por conta de Ryan Reynolds no papel do advogado atrapalhado, mas com boas intenções, provando que se bem dirigido, o ator é capaz de apresentar um trabalho anos-luz de distância do seus típicos personagens cômicos.

Embora o roteiro apresente falhas de ritmo e personagens que vão e vem sem muita explicação, o filme usa como pano de fundo uma das maiores tragédias já vividas pela humanidade para contar um drama familiar. Afinal de contas, a justiça está também nos pequenos detalhes, e não apenas nos históricos combates entre o bem e o mal.

 

https://www.youtube.com/watch?v=7Os_YP5CEoY
Manu Berger

Com cursos sobre o Mercado do Luxo em Paris, Milão, Londres e Nova York, Manu Berger é a fundadora da Terapia do Luxo, uma revista digital voltada para o público de bom gosto. Com atualizações diárias o endereço é pioneiro no segmento high-luxury no sul do país.