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O mercado de luxo sob a ótica de suas protagonistas femininas

No mês de fevereiro, mais precisamente no dia 19, o universo da moda e do luxo perdeu uma de suas personalidades mais célebres: Karl Lagerfeld. Após comandar a Chanel por três décadas, Lagerfeld deixou a vida para se imortalizar na história. Logo após a confirmação da morte do estilista, a marca francesa anunciou o nome da pessoa que teria a missão de continuar o trabalho à frente de uma das grifes mais conhecidas e admiradas da atualidade. A escolhida foi Virginie Viard, diretora do ateliê e braço direito do estilista alemão.

[caption id="attachment_42656" align="alignnone" width="840"] Karl Lagerfeld e Virginie Viard[/caption]

Se do ponto de vista corporativo a substituição pode ser considerada natural, no aspecto simbólico ela é muito expressiva. Afinal de contas, a mais famosa grife mundial fundada por uma mulher passa a ter em seu comando criativo, também, uma mulher. Se Virginie Viard irá dar continuidade direta ao trabalho de Lagefeld ou irá propor novas interpretações para os signos clássicos da marca, o futuro dirá. O que é fato, sem sombra de dúvidas, é que uma era chegou ao fim na Chanel e outra está prestes a erguer-se.

[caption id="attachment_42658" align="aligncenter" width="620"] Donatella Versace[/caption]

Por falar em fim de uma era, no ano passado o mundo da moda foi impactado com a notícia que a Versace, grife símbolo da originalidade da moda italiana, foi vendida para o grupo empresarial liderado por Michael Kors. Muito além das questões comerciais, uma das maiores dúvidas da transação era qual o papel que Donatella Versace teria no futuro da marca. Para esclarecer a situação a estilista foi às mídias sociais afirmar que não vai a “lugar algum”, ressaltando que continuará a exercer sua posição na grife criada por seu irmão. Vale ressaltar que em 2017 Donatella recebeu o Prêmio Ícone de Moda por sua contribuição para o segmento ao longo das últimas décadas.

[caption id="attachment_42660" align="alignnone" width="839"] Maria Grazia Chiuri[/caption]

Se o assunto são os ícones do universo fashion, quem está trilhando também o caminho nesse sentido é Maria Grazia Chiuri. A estilista, que se tornou a primeira mulher à frente da Dior, vem conquistando uma legião de fãs e admiradores por seu trabalho e por sua visão contemporânea da moda. Temáticas como o feminismo e o empoderamento das mulheres estão presentes de forma frequente em suas criações fazendo com que tabus sejam questionados e paradigmas sejam quebrados. Unindo modernidade e tradição, Chiuri segue uma jornada de descobrimento e auto-descobrimento no mundo da moda.

[caption id="attachment_42662" align="aligncenter" width="700"] Carolina Herrera[/caption]

E é impossível falar em tradição no mercado de luxo sem mencionar Carolina Herrera. A estilista venezuelana radicada em Nova York desde os anos 1970 é uma estrela do mundo fashion. Atualmente, a marca criada por ela se tornou um império com ramificações nos mais diversos segmentos de mercado. Um aspecto interessante da marca é que ela está na vanguarda da modernidade. Enquanto o e-commerce ainda é visto com restrições por certas empresas do setor de luxo, Carolina Herrera investe na omnicalidade que, essencialmente, é a interação das mais diversas plataformas de consumo através de uma mesma identidade.

Evidentemente, no panorama do mercado de luxo contemporâneo existe um contingente muito mais expressivo de mulheres que assumiram seu protagonismo. Mas, Virginie Viard, Donatella Versace, Maria Grazia Chiuri e Carolina Herrera são quatro exemplos excelente de como o segmento de luxo é sucesso também sob a ótica feminina.

Crédito das imagens: Reprodução.